Categoria: Câmara do Livro

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Câmara Rio-Grandense promove 1ª edição da Feira do Livro da Restinga 

Evento ocorrerá durante as comemorações do Abril Livro e conta com o apoio do Ponto de Cultura Africanidades

Nos dias 26 e 27 de abril, o bairro Restinga, em Porto Alegre, será palco de uma ação literária pioneira: a primeira edição de uma Feira do Livro. O evento ocorrerá na Avenida Macedônia, próximo ao Centro de Comunidade Restinga (Cecores), das 9h às 18h. A 1ª Feira do Livro da Restinga é uma promoção da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), em parceria com o Ponto de Cultura Africanidades. 

Para o presidente da Câmara, Maximiliano Ledur, a Feira da Restinga é mais uma oportunidade de dar visibilidade à cultura, aos artistas e aos escritores de um dos maiores bairros da Capital. “Vamos ofertar uma ampla variedade de livros com preços acessíveis e promover atividades que fomentem cada vez mais a literatura, especialmente dos mais jovens”, destaca. Ledur ainda pontua que a expectativa é replicar o modelo do evento para outros locais de Porto Alegre. 

O coordenador do Ponto de Cultura, José Ventura, afirma que esta iniciativa será muito importante para despertar o interesse pela leitura e pela arte de escrever livros. Ele é morador da Restinga há 55 anos e salienta que há “muitos talentos adormecidos na comunidade”. 

A Feira faz parte da programação do Abril Livro, mês em que a CRL promove e apoia ações que destaquem o livro e a leitura em diversas regiões do Estado.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail sonia@camaradolivro.com.br .

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“Noite do Livro” tem casa cheia e revela Jubilados

Nesta terça-feira, 25, o Auditório Barbosa Lessa, do Espaço Força e Luz, no Centro Histórico, foi palco de bons encontros e histórias durante a “Noite do Livro”. Entre as autoridades presentes, prestigiaram o evento nomes como Beatriz Araujo, secretária de Estado da Cultura do RS e Benhur Bortolotto, diretor do Departamento do Livro, Leitura e Literatura da Sedac-RS. Ao seu lado, demais autoridades, escritores, ilustradores, tradutores, entidades, professores, mediadores de leitura, bibliotecários, patronos da Feira do Livro de Porto Alegre, ex-presidentes da CRL, jornalistas, editores, distribuidores e livreiros. Contadores de histórias, apresentaram a noite e completaram a plateia de mais de 100 pessoas.

A solenidade que reconhece os esforços realizados durante o ano de 2022, agraciou os “Amigos do Livro” – Sopapo Poético, Sebrae, ESPM e Patrícia Langlois, a “Personalidade do Livro” – Gilberto Schwartsmann, a “Premiação Especial”, que foi para a Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac, de Santa Rosa – bem como os “Jubilados” – profissionais das empresas associadas que tenham completado 25, 35 e 50 anos de dedicação ao livro. Os agraciados desta edição foram revelados no evento: Simone Bottin – 25 anos, Jussara Nunes Martins e João Cláudio Cervo – 50 anos.

“Foi emocionante podermos nos encontrar novamente e estarmos juntos em prol da formação de leitores. Todos que estiveram conosco trabalham com este mote o ano todo. Precisamos estar unidos para fazer com que cada vez mais haja pessoas abrindo e lendo livros. Nosso sonho é que o “Abril Livro” ganhe forças a cada ano até tornar-se costume”, complementa Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro.

O mês de abril marca a passagem do Dia Internacional do Livro Infantil (2 de abril, nascimento de Hans Christian Andersen), do Dia Nacional do Livro Infantil (18 de abril, nascimento de Monteiro Lobato) e do Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, instituído pela Unesco (23 de abril, falecimento de Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Vega).

Até o final do mês editores, livreiros, parceiros, escolas, bibliotecas, coletivos e centros culturais estão mobilizados para que possamos realizar promoções, sessões de autógrafos, saraus e todo tipo de evento criativo que coloque o livro no centro e marque este período tão importante na literatura. Os encontros e a programação estão sendo promovidos e divulgados pela entidade, realizadora também da Feira do Livro de Porto Alegre. A ideia é que o livro tome conta de espaços em todo o Rio Grande do Sul.

IMAGENS – Créditos: Carlos Macedo

Apoio: Espaço Força e Luz

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Ministério da Cultura lança maior edital literário do país para mulheres e homenageia Carolina Maria de Jesus

Serão premiadas 40 obras inéditas com um montante de R$ 2 milhões

Homenageando uma das mais importantes escritoras brasileiras, o Ministério da Cultura (MinC) lança nesta quarta-feira (5) o Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023. A iniciativa irá agraciar 40 obras inéditas escritas por mulheres com um valor total de R$ 2 milhões, sendo R$ 50 mil para cada escritora, o que torna a premiação literária a maior do país.

O evento de lançamento acontece a partir de 10h no Salão Oeste do Palácio do Planalto e contará com a presença da filha de Carolina Maria de Jesus, Vera Eunice de Jesus, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo.

O Edital Prêmio, anunciado no dia 8 de março, foi publicado hoje no Diário Oficial da União e as inscrições serão abertas no dia 12 de abril. Poderão concorrer contos, crônicas, poesias, histórias em quadrinhos, romances e roteiros de teatro redigidos em português do Brasil e a intenção é fomentar atividades relacionadas à promoção da literatura brasileira produzida por mulheres, valorizar autoras nacionais e incentivar a qualidade literária por meio da realização de concurso. 

“Esse Edital é estratégico, pois incentiva a produção literária feminina, amplia a diversidade na literatura e, consequentemente, a diversidade cultural. Além disso, o apoio a escritoras é fundamental para o fortalecimento da cadeia produtiva do livro e o fomento da leitura a partir da seleção de obras de qualidade chancelada pelo Ministério da Cultura”, destacou a ministra Margareth Menezes.

Das 40 obras a serem premiadas, 20% (8) deverão ser de mulheres negras, 10% (4) para mulheres indígenas, 10% (4) para mulheres com deficiência, 5% (2) para mulheres ciganas e 5% (2) para mulheres quilombolas. A Comissão de Seleção também será composta apenas por mulheres, seis no total.

“O Edital é importante porque ele se orienta pelas diretrizes do governo Lula de promoção da diversidade de gênero e étnica, bem como da cidadania e acessibilidade cultural. Ele celebra o nome de Carolina Maria de Jesus para promover a literatura brasileira escrita por mulheres, fomenta os processos de criação e difusão literária numa perspectiva de políticas afirmativas. Além disso, será o primeiro edital do MinC em linguagem simples, direito visual e design editorial, podendo ser um elemento orientador para outros editais”, destaca o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

De acordo com pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, coletivo de pesquisadores vinculado à Universidade de Brasília (UnB), mais de 70% dos livros publicados por grandes editoras brasileiras entre os anos de 1965 e 2014 foram escritos por homens. Os dados também mostram que 90% das obras literárias foram escritas por brancos e pelo menos a metade dos autores é originária do eixo Rio de Janeiro/São Paulo.

O prêmio é uma ação da Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, por meio da  Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Ele atende aos princípios e às diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura e da Política Nacional de Leitura e Escrita.

Edital inovador

O Edital do Prêmio Carolina Maria de Jesus é o primeiro a ser construído com aplicação de linguagem simples, direito visual e design editorial, o que o torna mais acessível e inclusivo. O documento em formato inovador é resultado de uma parceria do Ministério da Cultura (MinC) com o ÍRIS | Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará.

As técnicas utilizadas têm o objetivo de facilitar o acesso às informações para cidadãs e cidadãos, com recursos para melhorar a experiência de leitura dos usuários, a exemplo de uma página de abertura convidativa e que conversa diretamente com o público-alvo; de tópicos clicáveis na versão digital; do uso de recursos visuais; e de uma página com o fluxo de todo o processo, desde o período de inscrição até o resultado final. O edital parte dos princípios da acessibilidade, do direito ao atendimento e da facilidade de compreensão como inovações e nova abordagem na entrega do valor público.

Será veiculada uma versão que evita termos técnicos, jargões jurídicos, estrangeirismos e siglas sem explicar o significado. Com tudo isso, o Ministério pretende democratizar o acesso do público às informações e às oportunidades, além de facilitar o entendimento da comunicação escrita do governo como um diálogo para o exercício da cidadania.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas no período de 12 de abril a 10 de junho de 2023, exclusivamente por meio do sistema Mapas Culturais, pelo link: https://mapas.cultura.gov.br/oportunidade/2017. A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria. Não poderá haver, em nenhuma parte do texto, a indicação da autora, o que será motivo de desclassificação.

Carolina Maria de Jesus

O título do Prêmio homenageia uma das mais importantes escritoras brasileiras do século 20: Carolina Maria de Jesus. Mulher negra, periférica, mãe solteira, catadora de material reciclável e autora de obras reconhecidas dentro e fora do País. Em seu primeiro livro, Quarto de despejo: o diário de uma favelada, publicado em 1960, Carolina demarca questões sociais, resistência e a paixão por escrever. A obra foi traduzida em 13 línguas e vendida em mais de 40 países.

Carolina também foi cantora e compositora, revelou em sambas e marchinhas a sua luta política e cultural. Sua arte também mostrava o cuidado, o amor e a garra para criar seus três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus Lima, que estará presente no lançamento da premiação.

Nascida em Sacramento, Minas Gerais, em 14 de março de 1914, Carolina é autora, dentre outras publicações, dos livros Casa de alvenaria: diário de uma ex-favelada; Provérbios; Pedaços da fome e Diário de Bitita. Faleceu aos 62 anos, em 13 de fevereiro de 1977.

fonte: gov.br
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“Abril Livro” chega para celebrar a leitura

Ação inédita da Câmara Rio-Grandense do Livro retoma a programação deste mês importante na literatura e convida entidades, escolas, bibliotecas e interessados a realizarem atividades que coloquem o livro, a leitura e a literatura em destaque entre os dias 1º e 30 de abril de 2023. Os encontros propostos devem ser inscritos neste link e farão parte da programação, sendo promovidos e divulgados pela entidade. A ideia é que o livro tome conta de espaços em todo o Rio Grande do Sul.

O mês de abril marca a passagem do Dia Internacional do Livro Infantil (2 de abril, nascimento de Hans Christian Andersen), do Dia Nacional do Livro Infantil (18 de abril, nascimento de Monteiro Lobato) e do Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, instituído pela Unesco (23 de abril, falecimento de Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Vega).


Tradicionalmente, a CRL promoveu a Semana do Livro (hoje instituída em Lei) e, depois destes últimos anos sem poder realizá-las, chega a hora de ampliar o tempo, as ações e a visibilidade da leitura e da escrita, cada vez mais importantes na formação de todos os povos.


No dia 25 de abril, terça-feira, às 19h, a Câmara realiza a solenidade que reconhece os esforços realizados durante o ano de 2022, agraciando os “Amigos do Livro”, a “Personalidade do Livro”, a “Biblioteca do Ano”, bem como os “Jubilados” – profissionais das empresas associadas que tenham completado 25, 35 e 50 anos de dedicação ao livro. O encontro para convidados e homenageados acontece no Teatro Barbosa Lessa, do Espaço Força e Luz, no Centro Histórico.


“Nosso objetivo é mobilizar editores, livreiros, parceiros, escolas, bibliotecas, coletivos e centros culturais para que possamos realizar promoções, sessões de autógrafos, saraus e todo tipo de evento criativo que coloque o livro no centro e marque este período tão importante na literatura. O nome “Abril Livro” nos remete a um trocadilho do que mais desejamos e para o qual trabalhamos o ano todo: a formação de leitores”, complementa Maximiliano Ledur, presidente da CRL.

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Rebu Literário e entrega do Prêmio Kekeké de Literatura, com Bárbara Catarina, marcam a 68ª Feira do Livro

Por Júlia Schneider 

  Kekeké significa histórias, uma das tantas expressões criadas pela contadora de histórias Bárbara Catarina. Completando 25 anos na Feira do Livro de Porto Alegre, a Rainha do Kekeké, título recebido da escritora Selma Maria, organizou um evento para homenagear alguns personagens importantes na sua trajetória. 

 O Rebu Literário movimentou a noite de domingo (13) na feira e distribuiu seis Prêmios Kekés. Os agraciados foram o ator Jairo Klein, a produtora cultural Rozelaine Paz, a professora Ana Paula Cecato, a contadora de histórias Milene Barazzetti, a jornalista e produtora cultural Sônia Zanchetta e a escritora Selma Maria. 

Ela é Bárbara Catarina 

 “É a dona da praça, rainha da história, detentora da graça e da nossa memória”, trecho da canção “Ela é Bárbara Catarina”, lançada no Rebu Literário por Ana Paula Cecato e Rodrigo Ferreira, que define bem a essência de Bárbara Catarina.  

 Uma menina que cresceu em meio às histórias e aprendeu a se reinventar a cada personagem que conhecia. Apaixonou–se pelo teatro e se encontrou na contação de histórias. “Como atriz eu me achava muito canastrona, mas como contadora de histórias eu me sentia poderosa”, comenta Bárbara. As Fábulas Italianas do escritor Italo Calvino foram apresentadas como um grande presente e serviram de inspiração para viver essa imersão no mundo literário.  

A magia da Feira do Livro para Bárbara está no encontro entre o criador e a criatura, ou seja, o escritor e o livro. “Eu canto a música dos outros o tempo todo e sou muito feliz em poder cantar a música dos outros”, ressalta, dizendo que é a partir dessas composições que se alimenta e por isso enxerga os escritores como deuses entre os mortais. Afinal de contas, a arte nos eterniza. 

De contadora de histórias a personagem de um livro

Em 2021 o sonho de entrar em um livro se tornou realidade. A escritora Simone Sauressing escreveu “As Aventuras de Bárbara Catarina”, após um período muito difícil enfrentado no mesmo ano pela Rainha do Kekeké. Entre a vida e a morte, foram  quatro meses internada, sendo três desses meses de coma em decorrência da COVID–19. Nesse momento, mesmo sem ela saber, uma rede solidária em várias regiões do país formada por artistas, escritores, livreiros, produtores culturais e admiradores do seu trabalho colaboraram com doações para ajudar a pagar o tratamento da COVID. 

“A literatura me salvou, os amigos que eu fiz no meio literário me trouxeram de volta”, declara. O fato de ler muito ajudou para que não tivesse nenhuma alteração neurológica. Por um tempo, as memórias com o filho Gabriel e a possibilidade de contar histórias mesmo no hospital, eram o conforto e a motivação que se abraçava para sair daquela situação. Ainda em reabilitação, foi com muletas e um enorme entusiasmo para a Feira do Livro de Porto Alegre.

Poetas Populares 

As intervenções artísticas do Rebu Literário foram interpretadas pelos nossos poetas populares, lembrados pelo livreiro Antônio Schimeneck, na citação do cordel de Antônio Vieira “Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo / No contexto de uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena”. 

Poesia essa que se vê na encenação de Flávia Menera, na releitura da música “Força estranha” feita por Eleonora Medeiros, nas mágicas de Selma Maria, na contação de histórias de Milene Barazzetti, na letra da canção de Ana Paula Cecato e Rodrigo Ferreira, e principalmente na emoção de Bárbara Catarina.