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Literatura e cultura paraibana na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre

Paraíba é o estado convidado por seu destaque como berço do cordel

“Da prosa à poesia: a Paraíba tem história para contar” e não é à toa que o estado nordestino é o convidado deste ano da 70ª Feira do Livro de Porto Alegre. A frase escrita no alto do estande da livraria “A União” faz um convite aos gaúchos que passeiam pela Praça da Alfândega.

As obras em destaque são as do primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel, Leandro Gomes de Barros. Nascido no século XIX, escreveu aproximadamente 240 publicações. Eduardo Augusto, gerente da livraria, diz que tem muito colecionador que procura o lugar em busca do autor, fora a preferência por outros nomes de destaque nacional como Ariano Suassuna, autor de Auto da Compadecida.

O gênero literário é marcado pelo texto simples, expressões coloquiais e versos regulares — sendo uma das forças culturais do Nordeste do país. “O cordel nasceu para dar voz aos poetas populares e trouxe o acesso à literatura quando não havia muitos livros para a maioria. Os livretos eram expostos na feira pendurados em uma corda e com a característica impressão de xilogravura”, contou Eduardo.

Os visitantes que quiserem conhecer mais sobre a literatura de cordel, podem conferir a Cordelteca, uma exposição de livretos de diversos autores. A mostra está localizada no terceiro andar do Clube do Comércio, diariamente, das 10h às 20h.

Exposição da Cordelteca da Câmara Rio-Grandense do Livro

Quando: até o dia 20 de novembro 
Horário: 10h às 20h 
Local: Clube do Comércio – Rua dos Andradas, 1.085 – 3º andar

Sobre a Feira

O evento é realizado pela Câmara Rio-Grandense do Livro e ocorrerá entre os dias 1º e 20 de novembro. O patrono desta edição é o escritor Sergio Faraco. A 70ª Feira do Livro de Porto Alegre conta com o patrocínio Master do Banrisul, banco oficial da Feira do Livro e da Petrobras – patrocinadora do Teatro Petrobras Carlos Urbim. Patrocínio de Gerdau, Grupo Zaffari, Ceee Equatorial, Caixa e Sulgás. Apoio Especial da Prefeitura de Porto Alegre, SZ Working e Senado Federal. Parceiro de tecnologia: RL Net e Procempa. Financiamento: Secretaria de Estado da Cultura / Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Media Partners: Eletromidia. Apoio Cultural: Edições Câmara, Assembleia Legislativa do RS, Banco dos Livros, Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, ESPM, Instituto Camões, Consulado da Argentina, Instituto Cervantes, Instituto Goethe, Embaixada da Suécia, Prefeitura de Guaíba, Panvel, Versa Partner, Kodex, Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, Master Hotéis, Cisne Branco e Espaço Força e Luz. Apoio institucional: Feevale, Bibliex, Uniritter, BRDE e Aliança Francesa. Estado convidado: Estado da Paraíba. Espaços cedidos: Clube do Comércio, Espaço Cultural dos Correios, Memorial do RS, auditório do SindBancarios, auditório da Livraria Paulinas e Biblioteca Pública do Estado.

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Feira do Livro de Porto Alegre contará com curadoria dedicada à Literatura e Cultura Negras

A iniciativa terá a escritora Lilian Rocha à frente da programação

Para promover a cultura afro-brasileira e dar visibilidade à obra de autoras e autores negros, a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre contará, pela primeira vez, com uma curadoria dedicada à Literatura Negra. A coordenação será da escritora e musicista Lilian Rocha, que promete um olhar atento e diversificado, abrangendo desde os escritores mais renomados até aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de se apresentar em um evento de tamanha relevância.

“Teremos a presença histórica do poeta Cuti, criador do conceito ‘literatura negro-brasileira’ e o olhar periférico de Lilia Guerra, finalista do Prêmio São Paulo, ambos importantíssimos. É necessário naturalizar essa presença, não como algo extraordinário, mas como reconhecimento dessas trajetórias literárias que contribuem há muito tempo em nosso país”, destaca a curadora.

Além das atividades no campo literário, a programação trará expressões artísticas através de saraus poéticos e apresentações musicais, mostrando a diversidade e a potência da cultura afro-brasileira. A 70ª Feira do Livro de Porto Alegre ocorre de 1º a 20 de novembro, na Praça da Alfândega

Sobre a curadora

Natural de Porto Alegre, Lilian tem seis livros publicados: “A Vida Pulsa – Poesias e Reflexões” (2013), “Negra Soul” (2016), “Menina de Tranças” (2018), “Agò” (2022), “Rochedos também choram” (2023) e “Oju Dudu” (2024). Também é coautora do livro “Leli da Silva – Memórias: A Importância da História Oral” (2018).

Em 2021, Lilian foi patrona da Feira do Livro de Canoas. A escritora também integra importantes entidades do cenário literário: é membro da Coordenação do Sarau Sopapo Poético – Ponto Negro da Poesia, vice-presidente da Academia de Letras do Brasil – Seccional RS, vice-presidente social da Associação Gaúcha de Escritores (2023/2024), e conselheira fiscal da Sociedade Partenon Literário.

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Sessões de autógrafos nas escolas

Além das centenas de escolas que agendam alunos do Ensino Básico para encontros com autores e contações de histórias na Feira do Livro de Porto Alegre, todos os anos muitas delas promovem sessões de autógrafos de livros escritos pelos próprios alunos.

Essas sessões ocorrem, todos os dias da Feira, pela manhã, na Praça dos Autógrafos e no Espaço dos Autógrafos Coletivos.Há escolas que realizam estas atividades, na Feira, há mais de duas décadas, e mobilizam centenas de pessoas da comunidade escolar para prestigiá-las.

Este ano, 24 escolas realizarão cerca de 40 sessões de autógrafos na Feira. São elas:

  • Centro Social Marista (Porto Alegre)
  • CEZI Zona Sul (Porto Alegre)
  • Colégio Dom Feliciano (Gravataí)
  • Colégio Farroupilha (Porto Alegre)
  • Colégio Farroupilha (Porto Alegre)
  • Colégio InediTec (Cachoeirinha)
  • Colégio Leonardo da Vinci (Porto Alegre)
  • Colégio Luterano Concórdia (Canoas)
  • Colégio Mãe de Deus (Porto Alegre)
  • Colégio Marista Assunção (Porto Alegre)
  • Colégio Marista Ipanema (Porto Alegre)
  • Colégio Marista Rosário (Porto Alegre)
  • Colégio Pastor Dohms (Porto Alegre)
  • Educare Escola de Educação Infantil (Porto Alegre)
  • EMEF Ana Iris do Amaral (Porto Alegre)
  • EMEF Saint-Hilaire (Porto Alegre)
  • Escola de Educação Básica Mãe Admirável (Porto Alegre)
  • Escola de Educação Infantil Balão Mágico (Porto Alegre)
  • Escola de Educação Infantil Ser Criança (Porto Alegre)
  • Escola Pastor Dohms Zona Sul (Porto Alegre)
  • Escola Portinari (Porto Alegre)
  • Escola Salvador Jesus Cristo (Alvorada)
  • Escola Setembrina (Viamão) Realização

Informações sobre sessões de autógrafos de escolas: sonia@camaradolivro.com.br

Agendamento de alunos para encontros com autores e contações de histórias: visitacaoescolar@gmail.com.

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Sérgio Faraco é o patrono da 70ª edição da Feira do Livrode Porto Alegre

Evento literário ocorre de 1º a 20 de novembro, na Praça da Alfândega

Alcançar a simetria entre o que escreveu e aquilo que o levou a escrever é um dos
aspectos que diferencia o trabalho do escritor Sérgio Faraco, escolhido como patrono da 70ª
edição da Feira do Livro de Porto Alegre. “Tenho um impulso, pode ser uma ideia, uma
circunstância, uma emoção, uma frase, uma música, algo que vejo ou alguém comenta, e então
começo a escrever e a reescrever para descobrir a história que está por trás do impulso. O
resultado é sempre um conto”, destaca Faraco.

Aos 84 anos de idade, hoje residindo na capital gaúcha, o escritor foi anunciado nesta quinta-feira (15), durante coletiva de imprensa da Câmara Rio-Grandense do Livro, como o patrono que representará a edição que marca os 70 anos ininterruptos de Feira do Livro de Porto Alegre. Vencedor do prêmio de ficção da Academia Brasileira de Letras, em 1999, pela obra Dançar Tango em Porto Alegre, Sérgio diz que o reconhecimento é também em nome de todos os escritores que representa. “É uma homenagem importante que recebo da Câmara Rio-Grandense do Livro e sempre vou lembrar. Não a recebo por mim, que pouco mereço, mas em nome daqueles que sinto representar nessas duas semanas, os escritores desta cidade e deste estado. A distinção é deles”, ressalta o patrono.

Três vezes agraciado com o Prêmio Açorianos de Literatura, o escritor já teve contos publicados em mais de dez países, como Alemanha, Argentina, Bulgária e Chile. Em seu trabalho mais recente, Faraco escreveu uma memória que, segundo ele, o leitor poderá considerar uma continuação de Lágrimas na chuva. “Reproduz as dificuldades que tive em 1965, após ter voltado
da Rússia. O livro se chama Digno é o cordeiro e será publicado um pouco antes na Feira do Livro pela L&PM, a casa que edita meus livros há quase 40 anos”, conta o escritor.

Para o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, a escolha de Faraco é uma forma de homenagear sua contribuição à literatura regional. “Sérgio Faraco representa o nosso compromisso com a promoção da literatura que certamente inspira e enriquece novos leitores”, destaca. A Feira do Livro deste ano também marca a retomada do setor livreiro que foi fortemente impactado pela enchente que atingiu o estado em maio deste ano. O evento literário ocorre de 1º a 20 de novembro, na Praça da Alfândega.

Quem é Sérgio Faraco

Crédito das fotos – Eduardo Fernandes

Nascido em Alegrete, em 1940, viveu por dois anos na União Soviética entre 1963 e 1965, quando cursou o Instituto Internacional de Ciências Sociais, em Moscou. O escritor também é formado em Direito. Ao longo da sua trajetória literária, Faraco acumula prêmios e reconhecimentos pelos seus contos, memórias, crônicas e obras de ficção. Em 1988, com a obra A dama do Bar Nevada, conquistou o Prêmio Galeão Coutinho, reconhecido pela União Brasileira de Escritores como o melhor volume de contos lançado no Brasil no ano anterior. Alguns anos depois, em 1994, com A lua com sede, recebeu o Prêmio Henrique Bertaso de melhor livro de crônicas. Nos anos de 1995, 1996 e 2001, foi agraciado com o Prêmio Açorianos de Literatura, principal premiação cultural da capital gaúcha. Em 2008 recebeu a Medalha Cidade de Porto Alegre, como homenagem da prefeitura da capital.

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Dicas para escritoras não errarem na hora da inscrição para o Prêmio Carolina Maria de Jesus

Prazo para participar do maior prêmio literário para mulheres termina no dia 10 de junho

O Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023, iniciativa inédita do Ministério da Cultura (MinC), segue com inscrições abertas até o dia 10 de junho. Para auxiliar as escritoras e tirar dúvidas sobre como participar, foi disponibilizado no site Mapas da Cultura um documento com as Perguntas Frequentes, as respostas e orientações. 

Além do FAQ, o edital, que foi todo produzido em linguagem simples, traz uma versão em audiodescrição e libras, o que garante mais diversidade e democratização no acesso. O link para o vídeo deste documento também está disponível no sistema Mapas Culturais. 

Dicas para realizar uma inscrição sem erros

  • Você não pode usar o seu nome, ou qualquer nome que sugira que é você a dona da obra inscrita, em nenhuma parte do texto. Se isso acontecer, você será desclassificada.
  • 49 páginas é a quantidade mínima para todos os gêneros. Sem contar com a capa e a folha de rosto, se existirem.
  • As obras selecionadas, com seus devidos créditos, poderão ser usadas total ou parcialmente em expedientes, publicações internas ou externas, cartazes ou quaisquer outros meios de promoção e divulgação do Ministério da Cultura. Não caberá à autora o pagamento de qualquer valor, inclusive referentes a direitos autorais.
  • A cessão de direitos ao MinC é sem exclusividade, portanto, você continuará dona de seus direitos autorais e poderá publicar sua obra, selecionada ou não, após o resultado final do concurso.
  • A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria.
  • É mulher com deficiência e precisa de acessibilidade para conferir nosso edital? Um link no Mapas traz as informações em audiodescrição.
  • Você é uma escritora indígena? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária. 
  • Você é uma escritora negra? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária. 
  • Você é uma escritora quilombola? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária. 
  • Você é uma escritora com deficiência? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária?
  • Você é uma escritora cigana? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária

Prêmio

O prêmio Carolina Maria de Jesus vai selecionar 40 obras inéditas escritas por mulheres. Cada uma das vencedoras será contemplada com R$ 50 mil, totalizando um investimento de R$ 2 milhões, o que torna o prêmio o maior desse tipo na história do Brasil. 

Das 40 obras selecionadas, ao menos 20% serão de mulheres negras, 10% de mulheres indígenas, 10% de mulheres com deficiência, 5% de mulheres ciganas e 5% de mulheres quilombolas. A comissão julgadora também será totalmente feminina.

Inscrições 

São elegíveis obras nas categorias conto, crônica, poesia, história em quadrinhos, romance e roteiro de teatro, redigidos em português do Brasil e inéditos. A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria. Não poderá haver, em nenhuma parte do texto, a indicação do nome da autora, o que será motivo de desclassificação. 

As inscrições, gratuitas, estão abertas até o dia 10 de junho de 2023, e deverão ser feitas exclusivamente por meio do sistema Mapas da Cultura.

Fonte: Ministério da Cultura (clique para ver o texto original)