Câmara Rio-Grandense promove 1ª edição da Feira do Livro da Restinga
Evento ocorrerá durante as comemorações do Abril Livro e conta com o apoio do Ponto de Cultura Africanidades
Nos dias 26 e 27 de abril, o bairro Restinga, em Porto Alegre, será palco de uma ação literária pioneira: a primeira edição de uma Feira do Livro. O evento ocorrerá na Avenida Macedônia, próximo ao Centro de Comunidade Restinga (Cecores), das 9h às 18h. A 1ª Feira do Livro da Restinga é uma promoção da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), em parceria com o Ponto de Cultura Africanidades.
Para o presidente da Câmara, Maximiliano Ledur, a Feira da Restinga é mais uma oportunidade de dar visibilidade à cultura, aos artistas e aos escritores de um dos maiores bairros da Capital. “Vamos ofertar uma ampla variedade de livros com preços acessíveis e promover atividades que fomentem cada vez mais a literatura, especialmente dos mais jovens”, destaca. Ledur ainda pontua que a expectativa é replicar o modelo do evento para outros locais de Porto Alegre.
O coordenador do Ponto de Cultura, José Ventura, afirma que esta iniciativa será muito importante para despertar o interesse pela leitura e pela arte de escrever livros. Ele é morador da Restinga há 55 anos e salienta que há “muitos talentos adormecidos na comunidade”.
A Feira faz parte da programação do Abril Livro, mês em que a CRL promove e apoia ações que destaquem o livro e a leitura em diversas regiões do Estado.
Feira do Livro leiloa escultura tema da edição 2023 em ação beneficente inédita
A 69ª Feira do Livro de Porto Alegre encontrou um caminho inusitado e solidário para difundir a leitura. Um leilão beneficente será realizado no dia 15 de novembro, quarta-feira, para vender a escultura que deu o tom da campanha de 2023 intitulada “Caminho do Saber”. Criada pelo design Tadeo Pérez, do hub de comunicação PFC, a obra indica as direções de estilos literários e afirma “Quem lê sabe o caminho”.
A peça fez tanto sucesso que foi reproduzida em uma escultura de madeira de dois metros assinada pelo escultor gaúcho Luiz Jardim e está ornamentando a feira na Praça da Alfândega. A diretora da PFC, Dauana Eizerik, informa que não há registro de outros leilões similares na história da Feira do Livro de Porto Alegre. “A campanha foi pautada no tema dos caminhos, e a ilha com as placas se tornou um símbolo da feira. A escultura está no centro da praça e vem sendo escolhida como local de fotos de muitos visitantes”, relata.
A escultura será leiloada em remate presencial conduzido pelo leiloeiro Fábio Crespo, da Parceria Leilões, na Praça da Alfândega, a partir das 11h de quarta-feira. Com a coordenação da Câmara Rio-Grandense do Livro, os recursos arrecadados serão revertidos para a compra de livros e posterior doação a comunidades carentes. Segundo Fábio Crespo, é uma iniciativa diferenciada e que inspira. “Realizar um leilão desse tipo é um orgulho porque une as pessoas, permite que façamos do nosso trabalho um instrumento de mudança social e construção de um futuro melhor”, salientou o leiloeiro.
Câmara do Livro leva editoras gaúchas para Bienal do Rio
Com parcerias do Governo do Estado e o Sebrae, dez editoras do RS participam do evento internacional que segue até o próximo domingo
Para proporcionar novas experiências e ampliar o conhecimento no meio literário e editorial, a Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL) organizou uma viagem com dez editoras gaúchas para participar da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que ocorre de 1º a 10 de setembro. A presença dos profissionais ocorreu graças a uma união de esforços que envolveu o Governo do Estado e o Sebrae.
O Departamento de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais (DPC), da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, custeou o local onde o estande da CRL fica no evento. Já o Sebrae ajudou com metade dos gastos para a montagem do estande e na contratação das pessoas que trabalham no evento. O restante dos custos é dividido entre as dez editoras.
O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, explica que essa é a retomada de um projeto antigo, que foi paralisado por um período, e que deseja inserir o Rio Grande do Sul nos eventos de grande porte no centro do país. “Ano que vem a gente vai estar na Bienal de São Paulo e queremos estabelecer um cronograma de eventos, buscando cada vez mais parcerias que possam subsidiar a ida das editoras e da própria Feira do Livro”, destaca. Na Bienal, Ledur ainda participa de uma roda de conversa sobre os eventos literários e as políticas públicas e estratégias de cooperação.
Tabajara Ruas é o patrono da 69ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre
Escritor, diretor e cineasta premiado nacionalmente tem no conjunto de sua obra a história do Rio Grande do Sul como ambiente
Prestes a completar 81 anos de vida, o escritor e cineasta Tabajara Ruas foi anunciado nesta quinta-feira (10), durante coletiva de imprensa da Câmara Rio-Grandense do Livro, como o patrono da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre. O evento literário ocorre de 27 de outubro a 15 de novembro, na Praça da Alfândega.
Apesar de ter formação como arquiteto, a relação de Tabajara Ruas é mais estreita com a literatura e o cinema. Ruas tem em sua trajetória 11 livros publicados no Brasil e traduzidos em 10 países, incluindo A região submersa (1978) — publicado primeiro em Portugal —, Netto perde sua alma (1995) — vencedor do Troféu Açorianos de Literatura na categoria Narrativa Longa, em 1996 —, O Fascínio (1997) e Detetive Sentimental (2008). Ruas ainda publicou livros infanto-juvenis, como a trilogia Diogo e Diana, escrita em parceria com Nei Duclós, e as novelas Gumercindo e Minuano — esta recebeu o Troféu Açorianos de Melhor Obra Juvenil, em 2014.
Na sétima arte, a produção é tão extensa quanto a literária. Tabajara trabalha em cinema desde 1978 como diretor, roteirista e produtor. Adaptou, junto de Beto Souza, a obra Netto perde sua alma, em 2001, que recebeu no Festival de Cinema de Gramado o Kikito de Melhor Filme. Ainda assinou o roteiro de outros projetos, como Anahy de las Misiones e O Tempo e o Vento. Em 2007, lançou o documentário longa-metragem Brizola – Tempos de Luta, sobre o político Leonel Brizola. Os Senhores da Guerra, em que foi diretor, roteirista e produtor, foi um dos oito selecionados para o Festival de Cinema de Gramado de 2014 e recebeu o Prêmio Especial do Júri e de melhor Atriz Coadjuvante. A obra está em cartaz no Canal Brasil e no Now desde fevereiro de 2019.
“Recebi com enorme alegria o convite para ser patrono da Feira do Livro. Era um sonho. É o sonho de todo escritor gaúcho e eu não sou diferente. Faremos um bom trabalho nessa feira no sentido de promover o livro, atrair leitores, principalmente a juventude”, comentou Ruas.
Para o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, a escolha de Tabajara Ruas é uma homenagem ao escritor que ajudou — e ainda ajuda — a formar a identidade gaúcha. “É uma grande honra poder reconhecer na Feira do Livro esse autor que é um dos pilares da literatura e cultura brasileira, que traz em suas obras o amor e o carinho pelo nosso Estado. Os mais jovens poderão conhecer mais a fundo grandes clássicos como Os varões assinalados e O amor de Pedro por João”, destacou.
Quem é Tabajara Ruas
Nascido em Uruguaiana, em 1942, Marcelino Tabajara Gutierrez Ruas estudou arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e cinema na High School de Vejle, na Dinamarca. Por sua atuação política durante a ditadura militar, viveu no exílio entre 1971 e 1981, morando no Uruguai, Chile, Argentina, Dinamarca, São Tomé e Príncipe e Portugal.
O escritor e cineasta já foi condecorado com a ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no grau de Comendador, recebeu a Medalha da Vitória do Ministério da Defesa, o Prêmio Erico Verissimo, a Medalha do Mérito Farroupilha, o Troféu Guri e o título de cidadão de Porto Alegre. Em 2020, foi agraciado com o Troféu Escritor do Ano do Prêmio Academia Rio-Grandense de Letras.
Dicas para escritoras não errarem na hora da inscrição para o Prêmio Carolina Maria de Jesus
Prazo para participar do maior prêmio literário para mulheres termina no dia 10 de junho
O Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023, iniciativa inédita do Ministério da Cultura (MinC), segue com inscrições abertas até o dia 10 de junho. Para auxiliar as escritoras e tirar dúvidas sobre como participar, foi disponibilizado no site Mapas da Cultura um documento com as Perguntas Frequentes, as respostas e orientações.
Além do FAQ, o edital, que foi todo produzido em linguagem simples, traz uma versão em audiodescrição e libras, o que garante mais diversidade e democratização no acesso. O link para o vídeo deste documento também está disponível no sistema Mapas Culturais.
Dicas para realizar uma inscrição sem erros
Você não pode usar o seu nome, ou qualquer nome que sugira que é você a dona da obra inscrita, em nenhuma parte do texto. Se isso acontecer, você será desclassificada.
49 páginas é a quantidade mínima para todos os gêneros. Sem contar com a capa e a folha de rosto, se existirem.
As obras selecionadas, com seus devidos créditos, poderão ser usadas total ou parcialmente em expedientes, publicações internas ou externas, cartazes ou quaisquer outros meios de promoção e divulgação do Ministério da Cultura. Não caberá à autora o pagamento de qualquer valor, inclusive referentes a direitos autorais.
A cessão de direitos ao MinC é sem exclusividade, portanto, você continuará dona de seus direitos autorais e poderá publicar sua obra, selecionada ou não, após o resultado final do concurso.
A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria.
É mulher com deficiência e precisa de acessibilidade para conferir nosso edital? Um link no Mapas traz as informações em audiodescrição.
Você é uma escritora indígena? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária.
Você é uma escritora negra? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária.
Você é uma escritora quilombola? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária.
Você é uma escritora com deficiência? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária?
Você é uma escritora cigana? Existe um prêmio com inscrições abertas voltado para sua criação literária
Prêmio
O prêmio Carolina Maria de Jesus vai selecionar 40 obras inéditas escritas por mulheres. Cada uma das vencedoras será contemplada com R$ 50 mil, totalizando um investimento de R$ 2 milhões, o que torna o prêmio o maior desse tipo na história do Brasil.
Das 40 obras selecionadas, ao menos 20% serão de mulheres negras, 10% de mulheres indígenas, 10% de mulheres com deficiência, 5% de mulheres ciganas e 5% de mulheres quilombolas. A comissão julgadora também será totalmente feminina.
Inscrições
São elegíveis obras nas categorias conto, crônica, poesia, história em quadrinhos, romance e roteiro de teatro, redigidos em português do Brasil e inéditos. A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria. Não poderá haver, em nenhuma parte do texto, a indicação do nome da autora, o que será motivo de desclassificação.
As inscrições, gratuitas, estão abertas até o dia 10 de junho de 2023, e deverão ser feitas exclusivamente por meio do sistema Mapas da Cultura.